quinta-feira, 31 de julho de 2025

De Servo da Feiticeira a Herói Gentil: A Jornada de Sr. Tumnus e o Legado de James McAvoy em Nárnia


Em As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, a primeira criatura que Lúcia Pevensie encontra ao adentrar o reino mágico é o gentil Sr. Tumnus. Este fauno, com sua voz suave e um olhar que transmitia tanto bondade quanto melancolia, desempenha um papel crucial na história. Originalmente, Tumnus é um servo da temível Feiticeira Branca, encarregado de atrair crianças humanas para as garras da bruxa.

No entanto, o encontro com a inocência e a pureza de Lúcia o transforma. Confrontado com a bondade genuína da menina, Tumnus muda de ideia e decide ajudá-la, arriscando tudo ao desafiar a poderosa Feiticeira. Sua coragem e a lealdade recém-descoberta o tornam um dos personagens mais queridos e um símbolo de redenção em Nárnia.

O ator que deu vida a essa figura tão carismática foi o astro escocês James McAvoy. Com sua atuação delicada e expressiva, McAvoy conseguiu transmitir a complexidade de Tumnus, que oscila entre o medo e a moralidade, conquistando o coração do público.

Hoje, aos 45 anos (considerando a data atual), James McAvoy construiu uma carreira de sucesso e reconhecimento internacional. Ele é amplamente conhecido por ter interpretado o jovem Professor X na saga X-Men nos cinemas, papel que o consolidou como uma estrela de Hollywood. Sua versatilidade é evidente em uma filmografia diversificada, que inclui o suspense de ação em Atômica, os múltiplos personagens em Fragmentado e Vidro, e o terror em IT: Capítulo 2, onde viveu a versão adulta de Bill Denbrough.

Curiosamente, McAvoy atualmente estrela His Dark Materials (Fronteiras do Universo), uma série de TV baseada em uma saga de livros de fantasia que muitos apontam como a antítese de As Crônicas de Nárnia. As obras de Philip Pullman, autor de Fronteiras do Universo, são notórias por suas críticas abertas à religião cristã e à igreja, criando um contraste interessante com os temas abertamente cristãos de Nárnia. Essa escolha demonstra a amplitude do talento de McAvoy e sua disposição em explorar diferentes narrativas e universos.

A trajetória de James McAvoy, de um fauno corajoso em Nárnia a um renomado ator com papéis desafiadores, é um testemunho de seu talento e paixão pela arte. Ele continua a nos surpreender com sua capacidade de dar vida a personagens complexos em histórias que nos fazem refletir e sonhar.

Qual a sua cena favorita do Sr. Tumnus em "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa"? Compartilhe nos comentários!

domingo, 27 de julho de 2025

Assista o filme Camile, prêmiado no World Film Festival in Cannes


O  longa metragem  Camile, recebeu o  prêmio  na categoria "Melhor Filme de Justiça Social"   no Remember the Future World Film Festival, realizado em maio de 2025, em Cannes, na França.Produzido com apoio da Igreja Adventista do Sétimo Dia e disponível no youtube e na plataforma de streaming  Feliz7Play, ele é baseado em fatos reais. Leia a ficha técnica: 
Sinopse: Após sua melhor amiga Camile ser brutalmente agredida pelo marido, Alana decide fazer um documentário para expor a violência doméstica e sexual contra mulheres e crianças. O filme revela as cicatrizes visíveis e invisíveis deixadas por esses crimes, enquanto destaca a luta por justiça e sobrevivência das vítimas.
Título Original: Camile
Direção: Maythe Costa 
Gênero: Drama
Duração: 42 min. 
Origem: Brasil 
Ano: 2025
Tipo: Longa 
Assista o filme Camile

sábado, 26 de julho de 2025

Bem que me avisaram, filme cristão adolescente é lançado gratuitamente

A plataforma de streaming Feliz7Play lançou, em 11 de junho, o filme nacional Bem Que Me Avisaram, uma produção que combina romance e fé, voltada ao público jovem. Gravado no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), no Rio Grande do Sul, o longa aborda os dilemas afetivos da juventude à luz dos valores bíblicos.

Uma história de reencontros e escolhas

A trama acompanha Lucas e Gabi, dois adolescentes que cresceram juntos na igreja e foram grandes amigos na infância. Após anos separados, eles se reencontram no internato onde cursarão o último ano do ensino médio. Sentimentos antigos ressurgem, agora misturados à dúvida, ao ciúme e ao medo de transformar a amizade em algo mais. Enquanto lidam com situações misteriosas e inusitadas, os protagonistas são levados a encarar o passado, a conversar sobre o que sentem e a descobrir que até mesmo os momentos confusos da juventude podem ser guiados por Deus .

Produção colaborativa e educativa


O filme é resultado de uma parceria entre Feliz7Play e Aura Filmes, inspirado na música "Bem que me avisaram", da cantora cristã Paula Schneider. Além disso, conta com a participação especial do Coral de Adolescentes, composto por alunos do próprio IACS. A instituição teve participação ativa em diversas etapas da produção, demonstrando como o ambiente escolar pode ser um espaço de vivência prática de princípios, criatividade e missão .

Reflexão sobre amor e fé

Mais do que uma comédia romântica juvenil, o filme busca provocar reflexões sobre identidade, propósito e fé. Segundo Dennys Bravo, produtor do filme, a ideia central da obra é apresentar uma história leve, interessante, divertida e acessível, que dialogue com os anseios dos jovens, sem perder a profundidade espiritual e o compromisso com valores cristãos. O longa destaca valores como perdão, responsabilidade emocional e confiança em Deus, trazendo à tona temas importantes com um olhar bíblico e atual .

Disponibilidade

Bem Que Me Avisaram está disponível gratuitamente e exclusivamente na plataforma Feliz7Play. Para assistir ao trailer, acesse o canal oficial da plataforma no YouTube.

Assista o trailer do filme Bem que me avisaram

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Amén vs. Bonhoeffer – Qual Filme Retrata Melhor a Resistência Cristã ao Nazismo?



O cinema, com sua capacidade de evocar emoções e narrar histórias impactantes, tem se debruçado sobre um dos períodos mais sombrios da história: a ascensão e os horrores do regime nazista. Dentro desse contexto, a resistência cristã, muitas vezes silenciosa e profundamente enraizada na fé, emerge como um farol de esperança e integridade moral. Dois filmes distintos abordam essa temática, focando em diferentes facetas da oposição ao nazismo: "Amén." (2002), de Costa-Gavras, e  Bonhoeffer, 2000, dirigido por Eric Till, que narra a história real do teólogo Dietrich Bonhoeffer. A questão que se coloca é: qual dessas produções cinematográficas oferece um retrato mais eficaz e profundo da resistência cristã?

"Amén.": A Denúncia Silenciosa e a Indiferença Institucional

"Amén." centra sua narrativa em dois personagens principais: o jovem oficial da SS Kurt Gerstein, um químico que tenta alertar o Vaticano sobre o Holocausto após testemunhar o extermínio em massa de judeus, e o padre Riccardo Fontana, um jesuíta que se junta a Gerstein em sua tentativa de levar a verdade ao conhecimento do Papa Pio XII. O filme critica duramente a alegada inação do Vaticano diante das atrocidades nazistas, explorando a complexidade moral da Igreja Católica durante esse período.

A resistência em "Amén." é retratada de forma individual e frustrada. Gerstein, movido por sua consciência, busca incessantemente alertar as autoridades, enquanto o padre Fontana se junta a ele, enfrentando a burocracia e a hesitação da Igreja. O filme enfatiza a dificuldade de confrontar um sistema de poder avassalador e a dor da indiferença institucional. A resistência aqui é um grito solitário em meio ao silêncio ensurdecedor da cumplicidade ou do medo.

"Bonhoeffer, agente da graça" : A Fé Militante e o Custo do Discípulo

"Bonhoeffer, agente da graça" (lançado em alguns mercados como "Bonhoeffer: Agent of Grace") oferece um retrato biográfico do teólogo luterano Dietrich Bonhoeffer, figura central da resistência cristã ao nazismo na Alemanha. O filme acompanha sua jornada desde a oposição intelectual ao regime até seu envolvimento ativo na conspiração para assassinar Hitler, culminando em sua prisão e execução.

A resistência em "Bonhoeffer, agente da graça" é apresentada como uma resposta direta e ativa da fé. Bonhoeffer, ancorado em sua teologia do "discípulo custoso", acredita que a inação diante da injustiça é uma traição ao Evangelho. Sua resistência se manifesta através de sua pregação, de seu apoio à Igreja Confessante (que se opôs ao controle nazista sobre as igrejas), e, finalmente, de seu envolvimento na resistência política. O filme explora o dilema moral de um homem de fé confrontado com a necessidade de cometer atos moralmente questionáveis (como o assassinato) para deter um mal maior, bem como o alto preço que ele e outros pagaram por sua coragem.

Qual Retrata Melhor a Resistência?

Ambos os filmes oferecem perspectivas valiosas e complementares sobre a resistência cristã ao nazismo, e a escolha de qual "retrata melhor" a resistência depende do que se busca enfatizar:

  • Para um retrato da dificuldade da resistência individual diante de uma instituição hesitante e do poder esmagador do regime, "Amén." é uma obra poderosa. Ele expõe as complexidades morais e políticas enfrentadas por aqueles que tentaram alertar o mundo sobre o Holocausto a partir de dentro de instituições religiosas. A resistência aqui é marcada pela frustração e pela sensação de impotência.

  • Para uma representação da resistência ativa e militante, enraizada em uma profunda convicção teológica e disposta a pagar o preço final pela oposição ao mal, "Bonhoeffer, agente da graça"  oferece um retrato mais direto e inspirador. O filme mergulha na mente e no coração de um homem que acreditava que sua fé o impelia a resistir ativamente à tirania, mesmo que isso significasse desafiar as normas sociais e religiosas de seu tempo. A resistência aqui é marcada pela coragem, pelo sacrifício e pela convicção de que a inação era moralmente insustentável.

Em conclusão, "Bonhoeffer, agente da graça" provavelmente oferece um retrato mais explícito e abrangente da resistência cristã ativa e consciente, focando na jornada pessoal e teológica de um indivíduo que escolheu se opor ao nazismo com todas as suas forças, ciente das consequências. "Amén.", por outro lado, lança luz sobre as barreiras institucionais e a complexidade da resistência dentro de uma organização como a Igreja Católica, destacando a luta por fazer a verdade prevalecer em meio à indiferença e ao medo. Ambos os filmes, no entanto, são importantes para compreendermos as diversas formas de resistência que emergiram durante um dos períodos mais sombrios da história, e o papel crucial que a fé, em suas diferentes expressões, desempenhou nessa luta pela justiça e pela humanidade.