domingo, 18 de março de 2018

Resenha do filme Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração


Quando um bilhão de pessoas ao redor do globo terrestre misteriosamente desaparecem e o caos começa a engolir a humanidade, a determinada jovem de 15 anos, Gabby Harlow é obrigada a se tornar uma adulta muito precocemente, então ela junta forças ao lado de sua irmã caçula Claire e dois rapazes no qual brigam pela sua atenção, Josh e Flynn, para tentar descobrir o que aconteceu e também aprenderem a lidar com esse novo e perigoso mundo.




Primeiro filme da saga Deixados Para Trás (Tim LaHaye, Jerry B. Jenkins, 1995) sem a produção dos irmãos Paul e Peter Lalonde, responsáveis pelas quatro adaptações anteriores: Deixados para Trás (Vic Sarin, 2000), Deixados para Trás II: Comando Tribulação (Bill Corcoran, 2002), Deixados para Trás III: Mundo em Guerra (Craig R. Baxley, 2005) e O Apocalipse (Vic Armstrong, 2014). Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração é baseado na série adolescente de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins, intitulada Deixados Para Trás: Teen (Jerry B. Jenkins, Tim LaHaye, Chris Fabry, 1997).

            O filme não é uma adaptação dos livros, mas baseado nos mesmos. Então, a história de Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração segue seu próprio caminho em um mundo dominado pelo anticristo. Contudo, personagens icônicos da saga aparecem neste primeiro título adolescente como o pastor Bruce Barnes e o anticristo Nicolae Carpathia.


O enredo centra-se no Arrebatamento. Quando os salvos são chamados ao Céu, o mundo mergulha em caos e a jovem Gabby e sua irmã caçula Claire perdem sua mãe e precisam encontrar o pai desaparecido. No meio do caminho, elas são resgatadas pelo melhor amigo de Gabby, Josh e o menino de rua Flynn, que salva Claire de bandidos.
           
Tecnicamente o filme está bem bonito e produzido, o longa-metragem não arrisca muito em efeitos especiais e opta por mostrar um mundo abandonado e repleto de pessoas desaparecidas. Um bom recurso uma vez que o orçamento não foi grande. Então, o longa entrega um trabalho bem feito tecnicamente.

Apesar das qualidades à nível técnico, Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração é pouco envolvente e emocional. O elenco de jovens é bom, mas não expressa qualquer maior emoção com o que está havendo com o mundo a sua volta. Personagens vitais na vida dos protagonistas são mortos (e alguns de modo bem estúpido), e o grupo de sobreviventes não expressa qualquer grande sofrimento por isso. Falando em grupo de sobreviventes, o quarteto de herói ora encontra e ora abandona outros sobreviventes sem mais nem menos, o que gera uma tremenda falta de continuidade (e bom senso) ao enredo.


Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração é claramente influenciado pela atual onda de distopias adolescentes no cinema e na literatura como Jogos Vorazes (Gary Ross, 2012), Divergente (Neil Burger, 2014) e Maze Runner (Wes Ball, 2014), bem como possui fortes influências da história em quadrinhos e série televisiva de terror The Walking Dead (Robert Kirkman, Frank Darabont, 2010). O vilão Damon, por exemplo, é uma clara representação ao Governador da série de zumbis da AMC, inclusive fisicamente parecido com o personagem criado por Robert Kirkman e interpretado pelo ator britânico David Morrissey.



 Contudo, a distopia cristã passa longe da qualidade imersiva e emocional experimentada nas obras citadas. Como dito anteriormente, os protagonistas são completamente apáticos. As pessoas estão morrendo ao redor deles e ninguém expressa preocupação com isso. A heroína Gabby perde a mãe e outros familiares importantes e na próxima cena está tudo bem outra vez.

Outro ponto negativo e sem explicação foi logo no início do Arrebatamento. Gabby discute com a mãe minutos antes de Deus levar os fiéis para o Céu e ela sequer sente remorso isso. O expectador pensa que a personagem iria se torturar mentalmente pelas últimas palavras ditas a sua mãe terem sido de rebeldia, mas não, ela simplesmente segue a vida interessada nos meninos que estão a acompanhando. Sério mesmo, gente?

Se tem algo muito bom e que merece vários elogios em Desaparecidos: Deixados Para Trás, a Próxima Geração é a trilha sonora. A trilha instrumental ambiente é bem sutil e em algumas partes inexistente, todavia, as músicas escolhidas são muito bonitas e sem encaixam aos momentos de vida dos personagens. O cantor e compositor cristão Ben Rector marca presença no filme com lindas canções como "Beautiful" e "Like the World is Going to End". E a cantora indie cristã Lauren Daigle destaca-se com "Come Alive (Dry Bones)".

O longa-metragem termina fazendo uma enorme ponta para uma possível sequência. Seria interessante ver uma continuação desta versão teen de Deixados para Trás, porém há muito a ser desenvolvido se o filme deseja alcançar o patamar das séries de Suzanne Collins e James Dashner

Leia a ficha técnica, assista o trailer (clique aqui)
Que a Força esteja com vocês!
Karen K. Kremer



sexta-feira, 16 de março de 2018

"Ex- Pajé" documentário de cineasta brasileiro crítica obra missionária evangélica, chamando-a de Etnocídio

O Festival de Cinema de Berlim, um dos mais importantes da Europa e do mundo, exibiu em fevereiro o documentário Ex-pajé. Escrito e dirigido por Luiz Bolognesi (diretor da animação Uma História de Amor e Fúria e roteirisa de Bicho de Sete Cabeças), o filme é contado a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé, mas que passou a viver intensos conflitos internos depois de ter tido contato com os brancos, especialmente com pastores evangélicos que proclamaram na comunidade que os atos e saberes indígenas são “coisas do diabo”.

A sessão do longa-metragem, contou com a leitura do Manifesto de Povos e Lideranças Indígenas do Brasil, que critica o que eles chamam de "etnocídio" e invoca um país com mais tolerância e respeito. O documento assinado por 28 lideranças e 15 organizações indígenas declara: "Hoje atravessamos muitas crises, ecológica, econômica, política, a nossa frágil democracia foi atacada e os territórios indígenas estão sendo invadidos e saqueados. Junto com o ferro e o fogo, vem a "conversão racista". Trocam as rezas pela bíblia e as medicinas por aspirinas. Epidemias de depressão provocam os maiores índices de suicídio do mundo manchando de sangue as lindas florestas do Brasil".

Para contar essa história de extermínio da cultura indígena, o longa-metragem utiliza a linguagem do Cinema Direto, um gênero do documentário que procura captar a realidade com o mínimo de intervenção possível. Ainda sem trailer nem cartaz para o mercado brasileiro, a obra ainda não tem previsão de estreia nos cinemas. É possível apenas assistir a um extrato (com legenda em inglês) no site da Berlinale, no qual o ex-pajé Perpera afirma que, depois que os brancos evangélicos chegaram em sua comunidade e anunciaram que as crenças e rezas tradicionais eram coisas do demônio, todos os indígenas passaram a ignorá-lo até que ele aceitasse frequentar a igreja.

"Num momento em que as casas de reza indígenas estão sendo queimadas e os pajés demonizados pela violência evangélica, ter o filme Ex-Pajé estreando em Berlim significa levar as vozes dos espíritos da floresta mundo afora através do cinema", afirmou o diretor e roteirista Luiz Bolognesi.

Para a produtora do longa Laís Bodanzky, este é o registro do último suspiro de uma cultura milenar: "O mais comovente neste cinema verdade que o Luiz Bolognesi se propôs a filmar com toda a delicadeza que o tema exige é a transformação de nós espectadores em testemunhas dos últimos minutos de existência de uma cultura milenar cheia de sabedoria que não foi registrada na história deste planeta e nem passada para as novas gerações. O último suspiro".

Ex-pajé será exibido na Mostra Panorama, paralela à competição oficial, que traz outros três documentários brasileiros: Aeroporto Central, do diretor cearense Karim Aïnouz, e Bixa Travesty, da dupla Claudia Priscilla e Kiko Goifman.

O CineCristão não teve acesso ao filme, todavia é de se ponderar que a obra missionária evangélica é uma das principais armas contra o uso descriminado de bebidas álcoolicas que são moeda de troca por diversas tribos indigenas a madereiras, sendo assim antes de críticar os evangélicos é preciso refletir  sobre o papel benéfico da igreja evangélica e de missionários cristãos em terras indigenas.

A luta contra Infantícidio indígena é uma outra bandeira dos missionários evangélicos, em muitas comunidades indigenas, os pais eram obrigados a sacrificar os seus bebes, como relata o filme Hakani, da agência missionária JOCUM.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Filme Invencível ganhará sequência e neto de Billy Graham irá interpretar o pastor

O legado do reverendo Billy Graham também vai se estender para as telonas. O neto do evangelista, William Graham, anunciou que vai interpretar o avô na sequência do filme Invencível. A produção Hollywoodiana, chamada de Invencível: O Caminho da Redenção, conta a história de Louis Zamperini, herói da Segunda Guerra Mundial e atleta olímpico, e a influência de Billy Graham, cujas pregações o levaram a se tornar evangélico.

– Assim como meu pai e meu avô, fui abençoado por ter respondido a um chamado para o evangelismo. Sabendo como Deus usou Billy Graham na vida de Louie Zamperini, não poderia desperdiçar a oportunidade de retratá-lo nesta história inspiradora – contou William durante entrevista à Christian Broadcasting News.

Invencível foi dirigido por Angelina Jolie em 2014 e trouxe Jack O’Connell no papel de Zamperini. Na época, o longa arrecadou U$161,5 milhões nas bilheterias. Agora, a continuação ficará sob responsabilidade de Harold Cronk, mesmo diretor que coordenou os filmes da série Deus Não Está Morto. A previsão é que o longa seja lançado no fim deste ano, pela distribuidora PureFlix

Fonte adaptada pelo Cine Cristão de matéria da Pleno News

quarta-feira, 14 de março de 2018

Nada à Perder, filme biográfico do Bp. Edir Macedo está no topo do pré-venda, estréia nos cinemas dia 29

O filme que conta a história de vida do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, já é o filme nacional de 2018 com maior bilheteria, sem ao menos ter estreado.

Essa situação inusitada se dá pelo alto número de vendas de ingressos antecipados, já que até agora, o longa-metragem Nada a Perder já tem 3,1 milhões de entradas garantidas, segundo informações reveladas pela distribuidora, Paris Filmes.

O filme – que teria custado R$ 25 milhões – estreia daqui a três semanas, no dia 29 de março, mas a procura vem sendo alta devido à ampla campanha de divulgação que os pastores e bispos da Igreja Universal vem fazendo junto aos membros e frequentadores da denominação.

Até agora, o filme já superou a comédia Fala Sério, Mãe, estrelada por Ingrid Guimarães e que levou 2,9 milhões de espectadores aos cinemas em 2018, de acordo com o jornal O Globo.

A ambição dos produtores é que o filme supere o atual recordista nacional de bilheteria, o filme Os Dez Mandamentos, inspirado na novela homônima e também produzido pela Record Filmes e que vendeu 11,2 milhões de ingressos, superando o antigo recordista, Tropa de Elite 2.

Quando anunciou o projeto, a produtora vendeu à Netflix o direito para exibição posterior à saída de cartaz, por um valor recorde, que de acordo com informações do jornalista Flávio Ricco, do portal Uol, a negociação envolveu o maior valor já pago pela empresa por um filme com diálogos em idioma não-inglês.

Outro recorde do longa-metragem, inspirado na trilogia de livros Nada a Perder, de Douglas Tavolaro, é a distribuição: um total de 700 salas exibirão o filme em todo o Brasil, além dos países da América Latina, África do Sul, Angola, Moçambique, Estados Unidos e México, após 10 de maio, totalizando 80 países.

Assista o trailer do filme Nada à Perder


Fonte? Adaptação da matéria do portal Gospel Mais