terça-feira, 8 de maio de 2018

Resenha do filme Paulo, Apóstolo de Cristo

Falar do  longa metragem Paulo, Apóstolo de Cristo é lembrar das lágrimas  e emoção no final da exibição  nos rostos estampados de cada um que esteve na sessão de cinema. É poder dizer que é a melhor produção bíblica desde  a produção  A paixão de Cristo dirigido por Mel Gibson.

O filme foi dirigido por Andrew Hyatt que  cria um roteiro criativo, ele conta a história na perspectiva da última prisão de Paulo, dias antes de sua morte, mostra a perseguição religiosa injusta que os cristãos viviam, a tensão, o sofrimento, as tribulações sendo compartilhados entre todos os irmãos na fé. Na prisão Paulo começa a lembrar sua trajetória de vida, desde  a época que era Saulo até sua conversão para Paulo, vivendo o presente e o passado juntos, em uma perspectiva realista.

 A centralidade na bíblia no filme é singular, em diversos trechos  as frases das cartas do Apóstolo Paulo são expostas pelo próprio Apóstolo, mas em forma de diálogo e não  em uma pregação expositiva,   tendo como tema principal mostrar  o amor de Cristo, manifestado através de atos da igreja.

As tensões entre a comunidade da fé também são colocados nas cenas, e o final é algo que ao mesmo tempo é triste, também  é esperançoso, fazendo um duplo climax, com um desfecho simplesmente fantástico e o melhor, trata-se de uma biografia,  a narrativa de nosso credo mas aqui não cabe spoiler, basta somente incentivar o leitor   assistir uma das melhores produções bíblicas da história do cinema mundial.

Outros pontos do filme também merecem ser comentados, a fé racional e a metafísica se confundem no roteiro,  a enfase foi o amor da igreja sobrepondo a própria vida dos cristãos, pelo próximo e até por seus inimigos, algo que a olhos humanos parece ilógico, mas sim está mesma é a intenção do roterista mostrar a loucura do evangelho  e a humanidade a imagem  e semelhança de Deus trazida pela cristandade, criando um novo reino dentro da Terra.

A produção também  não abre espaço para uma visão personalista do apóstolo, não abre mão para o triunfalismo de vitória material pregado em muitas igrejas, não coloca os sinais e maravilhas acima do amor cristão, é um filme com viés reformado, que irá edificar aqueles que frequentam cultos como também aqueles que ainda não conhecem o evangelho que os apóstolos escreveram. Simplesmente maravilhoso.

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