O inicio da produção é morno, quase que desmotiva o telespectador, todavia existe um tom de suspense que vai gradativamente ganhando cenário, ele também demonstra o drama humano, uma família desestruturada devido o pai ter abandonado o lar deixando esposa e filhas sozinhas, neste aspecto mostra a força da igreja e da fé evangélica ao acolher a família, está é a realidade que encontramos em muitas congregações, o amor e a solidariedade.
Na segunda parte do filme a Rachel, protagonista da história é retratada através dos relatos de seu diário, seus tramas comuns da fé cristã na adolescência, seus amores, o teatro, enfim a vida de uma adolescente que luta para ser uma cristã melhor, mas que encontra no percurso do caminho seus altos e baixos e vai apreendendo com ele, inclusive como lidar com a popularidade e impopularidade e como expressar sua fé em um ambiente muitas vezes inóspito a viver a fé evangélica como é a escola. A realidade da vida é muito densa no filme, desde a sua solidão, como também a procura de propósito, sua entrega a Cristo, enfim é um filme que todos nós refletimos sobre nossa história e sobre os momentos que já passamos.
I'm Not Ashamed também dá indícios sobre a formação social e intelectual dos autores do massacre de Columbine, escola de Rachel, faz um contraponto interessante sobre a literatura do ódio e também sobre o perigo do bulling, o filme mostra sem fazer muitas perguntas e deixando o telespectador julgar como é fácil obter uma arma nos EUA e o quanto isso pode ser perigoso, este é o viés político da produção uma grande reflexão social necessária sobre um problema recorrente entre os atentados em escolas americanas, algo que infelizmente também está tornando-se realidade no Brasil.
