segunda-feira, 14 de abril de 2014

Entrevista exclusiva com Moises Menezes, diretor do Finding Josef

O CineCristão fez uma entrevista esclusiva com Moisés Menezes diretor do filme Finding Josef, uma produção que está sendo gravada já a alguns anos no Brasil e na Polônia e promete ser um grande filme:
 1.Finding Josef é um filme gravado em dois países, como que foi trabalhar com duas equipes diferentes?
No mínimo interessante. Era como viver um pouco a experiência transcultural do personagem. O set, tanto na Polônia como no Brasil era composto por pessoas dos dois países, sempre uma grande mistura de línguas. As equipes de técnicos e todo o pessoal envolvido na produção, assistentes etc, fizeram de fato as filmagens singulares em cada lugar. Na Polônia os técnicos já tinham mais experiência com o cinema. No Brasil o grupo foi mais rápido para trabalhar com o cinema digital e produzimos mais em pouco dias.
2.Quando será o lançamento do filme? Ele irá para os cinemas do Brasil e da Polônia?
O lançamento do filme depende do distribuidor e do numero de salas que sera exibido. Nossa parte de pós-produção esta sendo finalizado e uma vez que temos o filme pronto e fechado os acordos serão feitos. Vale lembrar que para cinema independente distribuição é o “grande” gargalo.
3.Qual é a sua maior expectativa para o filme?
Evidentemente que a expectativa de todo diretor é ter o publico vendo seu filme , gostando e aceitando a sua obra. Mas a realidade é que mesmo que vejam nem todos gostam ou aceitam. A segunda expectativa, particularmente com Finding Josef, é criar uma plataforma para os próximos trabalhos. Precisamos começar de algum ponto e este filme é nosso começo.
4.Para terminar, conte-nos um pouco dos bastidores do filme Finding Josef, algo para despertar a curiosidade dos leitores.
Cada vez que alguém faz esta pergunta a primeira coisa que vem a mente é que temos toda uma historia transformadora por trás do filme. Como levamos vários anos levantando recursos e filmando com lapsos de tempos longos, a mesma historia foi sendo transformada. A versão final é geralmente a montagem do filme e posso garantir que é totalmente diferente da primeira versão do roteiro que escrevi. Creio que temos um filme muito melhor do que a versão que tínhamos há dois anos atras, mas agora terminamos tudo.

Uma outra coisa foi a transformação pessoal ao longo de todo o processo. Aprendemos muito, ganhamos experiência e vivemos tanto alegrias como tristezas, de fato muitas alegrias e de fato muitas tristezas. Para todos envolvidos neste longa-metragem desde o inicio aconteceram mudanças consideráveis na vida que teriam sido em menor escala se tivéssemos escrito o roteiro e filmado tudo no mesmo ano.

Eu particularmente descobri que a vida é muito mais complexa do que pensamos e que nem tudo o que chamamos de resposta chega ao menos a riscar o chão. Creio que o cinema é uma arte para grandes reflexões sobre a vida e fé e devemos usar este grande instrumento que Deus nos deu com muita sabedoria e criatividade.

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